O grande desafio da escola pública está em garantir um padrão de qualidade para todos e, ao mesmo tempo, respeitar a diversidade local e sócio-cultural. (Gadotti, 2004)
1- A escola pública autônoma é democrática – para todos, e popular, isto é, tem um caráter social comunitário, espaço do público para elaboração da sua cultura.
2- Para ser autônoma não pode ser dependente de órgãos intermediários que elaboram políticas das quais ela é mera executora.
3- A escola cidadã deve valorizar o contrato de dedicação exclusiva do professor – significa não levar trabalhos para casa a não ser que na escola não haja lugar adequado.
4- Ação direta. Valorizar as iniciativas pessoais e os projetos das escolas. A crise do sistema produz uma rotina que aprisiona a escola à padronização sob o pretexto da democratização das oportunidades.
5- A escola autônoma cultiva a curiosidade, a paixão pelo estudo, o gosto pela leitura e pela produção de textos, escritos ou não. Aprendizagem criativa e não mecânica. Propõe a espontaneidade e o inconformismo.
6- É uma escola disciplinada. A disciplina que vem do papel específico da escola: o sistemático e o progressivo.
7- A escola autônoma procura unir-se ao mundo exterior pelos espaços sociais do trabalho, das profissões, das múltiplas atividades humanas. Ela é um laboratório do mundo que a penetra.
8- A transformação da escola não se dá sem conflitos. Ela se dá lentamente. Pequenas ações, mas continuadas, são melhores no processo de mudança que eventos espetaculares, mas passageiros. É imprescindível a ação direta de cada professor.
9- Não há duas escolas iguais. Cada escola é fruto do desenvolvimento de suas contradições.
10- Cada escola deveria ser suficientemente autônoma para poder organizar seu trabalho da forma que quisesse, inclusive contratando e exonerando, a critério do conselho de escola.
A reforma na educação precisa se desvincular de um poder centralizador, passando por uma revisão moldada na descentralização do saber elitizado. A antiga visão da educação como instrumento ideológico do Aparelho do Estado, adota uma nova filosofia de gestão descentralizada, buscando a sintonia com a democratização das demandas dos diversos segmentos que compõem o processo educacional e a construção de uma novo saber compartilhado.
ResponderExcluirÉ mesmo um grande desafio, garantir uma escola pública, autônoma, democrática e de qualidade. Promover a participação da comunidade escolar, através do seu Conselho Escolar, na elaboração do seu projeto político pedagógico garante que os educandos de cada escola se identifiquem se sintam parte da escola. Assim, a escola não será uma executora de projetos prontos e descontextualizados e os alunos podem ser igualmente autônomos. Porque a escola cidadã será aberta para a troca de experiências e saberes, como "Ela é um laboratório do mundo que a penetra", deve proporcionar aos alunos, professores e comunidade espaços de desenvolvimento. Por exemplo: A escola pode organizar oficinas, seminários e cursos para a escolha e não como obrigatoriedade. Acredito que essas ações contribuam para que a escola seja um laboratório do mundo.
ResponderExcluirOlha Gil, Este decálogo da escola cidadã nos conduz a uma reflexão profunda sobre muitos aspectos da escola. Um dos que mais me chama atenção é o item V porque vejo no inconformismo e na espontaneidade uma saída para muitos dos problemas que a escola enfrenta todos os dias.
ResponderExcluirA iniciativa, o desejo de mudança e a paixão pela profissão escolhida realmente são impolsionadores da dinâmica constante na educação escolar. Um passo coletivo a cada dia proporcionará uma significativa diferença na qualidade do processo ensino aprendizagem concorda?