EDUCAR PARA DESENVOLVER A AUTONOMIA

“Educar significa, então, capacitar, potencializar, para que o educando seja capaz de buscar a resposta do que pergunta, significa formar para a autonomia.” (Gadotti,2004)  


         Não podemos ser sujeitos transformadores sem antes sermos sujeito. A ética é uma virtude imprescindível ao educador. Ética que produz comportamentos leais e que testemunha aos educandos uma postura de respeito ao pensamento dos outros, mesmo que não concorde.
        O ato de educar exige ética como também exige respeito ao educando e a toda sua bagagem de experiência. Ensinar deve ser uma tarefa diária de amor e respeito, sobretudo, pelos alunos oriundos das camadas mais populares. É preciso valorizar os saberes construídos anteriormente pelos alunos e instigá-los a, superando a posição de ingenuidade, chegar à posição de crítico.
        Paulo Freire anuncia uma pedagogia baseada no respeito à dignidade e na ética, valorizando a autonomia do educando. Uma prática pedagógica que vai muito além do treinamento do educando no desempenho de destrezas (FREIRE, 2007) e que se contrapõe ao cinismo neoliberal castrador de sonhos.
        Na formação docente um dos momentos mais importantes é o da reflexão crítica sobre a prática, pois somente pensando de forma crítica a prática de hoje que melhoraremos a próxima prática, e assim ir fazendo dia após dia. Não é falar bonito, é ter coerência entre o discurso e a prática. “A prática educativa é sempre muito mais rica do que a teoria.” (Gadotti, 2004). Se prego para meu aluno o combate ao racismo, por exemplo, devo dar exemplo disso com as minhas ações cotidianas, pois um dos piores equívocos é um mau exemplo depois de um bom conselho. Mais do que nossos discursos, nossos alunos observam nossa prática.
Por Gilzana Tanajura de Jesus
Formada em Letras pela Universidade Federal da Bahia
Pós-Graduada em Psicopedagogia pela Faculdade de Ciências da Bahia
        

Nenhum comentário:

Postar um comentário